Voltai e Dizei-me
Cá o vejo em minha janela
Cá sinto o fogo ardente
Do sangue que corre em meu olho reluzente
Caí sobre as pétalas de cor de canela
O olhar claro e belo dos teus olhos
Iluminam o lado negro e fero
Da perdição dos meus olhos
O doce picar do cravo
Faz correr o sangue quente
E amargo que resta de mim
Sinto frio e calor ao lente
E o amor passa a ser um refúgio para mim
Esqueci o toque das tuas mãos
O sabor agradável do suave veneno
Que escorre entre os teus lábios
Voltai e dizei-me se vale a pena amar
Miguel Saraiva
(1º Prémio Poesia/Concurso Literário 2001-2002 Escola Secundária Manuel Cargaleiro)
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